Um terreiro é um espaço religioso onde se desenvolve o culto de religiões afro-brasileiras.   Atendimentos realizados pela espiritualidade de Umbanda , Caboclos, Pretos Velhos etc.
 Ele é equivalente a um templo evangélico, uma igreja católica etc. Seus fins são os mesmos.

 Sim, o Terreiro de Umbanda recebe a todos sem distinções e julgamentos. Nosso objetivo é acolher.

 É necessário tomar alguns cuidados ao se vestir – sem exageros. Uma calça comprida e uma camisa confortáveis, nem decotada, nem sem mangas, são suficientes, por mais simples que sejam.   Sempre sugerimos que as cores da roupa sejam claras e que o calçado seja fácil de colocar e retirar, pois no espaço sagrado afro-religioso, não raras vezes, é solicitado que entremos descalços, não apenas como sinal de respeito, mas também para facilitar a dispersão de energia. Não se costuma usar bonés nem coberturas para a cabeça. Age-se assim em espaços religiosos ou solenes, como igrejas e cemitérios, quanto em locais públicos como fóruns, delegacias e escolas. Aja respeitosamente.

 Ao chegar, se desejar, você poderá mentalmente pedir licença aos protetores e mentores da casa.

 Procure manter o silêncio. Existe uma frase muito famosa no meio espiritualista que diz: “o silêncio é uma oração”. Siga-a à risca. Concentre-se no que veio buscar, em suas necessidades, no seu pedido de ajuda.

 Sim, todo terreiro tem um altar que chamamos de Congá.
 Orientamos que da mesma maneira que não se deve colocar as mãos sobre objetos em um altar católico, não coloque suas mãos no altar afro-religioso sem autorização expressa dos responsáveis. Não acenda velas em local algum, a não ser que receba instruções de um trabalhador do terreiro para fazê-lo.

 * Passe energético: é um realinhamento dos chacras, pontos de energia que lhe trarão um fortalecimento energético, sem a necessidade de conversa.
 *Consulta: como o nome diz, você informa o seu pedido, o que necessita no momento, e será orientado.
  Na dúvida, peça orientação a um participante da corrente que está de uniforme sobre quais são os procedimentos para o atendimento e qual senha você deve pegar

 Se tiver dúvidas, se sentir incapaz de fazer algo que é solicitado a todos, ou se sentir desconfortável com qualquer coisa, esclareça suas dúvidas com algum cambono. Os cambonos são responsáveis pela organização da parte material e do funcionamento da casa. Eles poderão lhe ajudar.

 Crianças são muito bem-vindas também. Se levar as suas, mantenha-as por perto e não permita que interfiram nos trabalhos espirituais ou incomodem em demasia. Bebês choram – se o seu chorar, não se apavore: procure silenciá-lo na área externa, se for possível. Se não for, dentro das possibilidades, tente mantê-lo calmo. Amamente-o, se quiser. Mas se ele insistir em chorar, ora, paciência! Bebês choram – você sabe disso e nós também.

 Se receber instruções de guia espiritual, procure os médiuns que irão lhe orientar.
No Terreiro temos um dia dedicado ao Desenvolvimento Mediúnico e será um prazer lhe axiliar.

 Compreenda que todo local religioso precisa se sustentar. Terreiros umbandistas não cobram da assistência nem consultas, nem passes. Muitas vezes, não cobram nem pelos objetos que serão usados nos trabalhos, porém, precisam pagar pela manutenção geral do espaço. Se você puder contribuir, normalmente há caixinhas de doações onde você pode depositar o que seu coração e seu bolso permitirem.
 Porém, lembre-se: se você não está em condições de contribuir com nada, não precisa ficar com sua consciência pesada. Terreiros são casas de caridade e sabemos que muitos que nos procuram são humildes de condição ou estão passando por momentos difíceis financeiramente ou de saúde.
 Você é tão bem-vindo quanto qualquer outro e será atendido da mesma maneira. Se algo diferente disso acontecer, há algo de errado com a casa – e não com você.
Recomendamos que procure outro local onde a caridade venha primeiro, e não o dinheiro

O lema da Umbanda é “amor, humildade e caridade”, conforme dito pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, que fundou a religião junto com seu médium, Zélio Fernandino de Moraes. Observe se você e os demais presentes estão sendo recebidos dessa forma pelos que ali se encontram.

 No mais, seja educado e paciente. Do mesmo jeito que você possui suas necessidades, outros também estão ali em busca de caridade. Nem todos possuem a gentileza necessária.
 Se algum outro visitante for descortês, procure não prestar atenção. Esteja atento ao seu próprio comportamento e ao dos que lhe acompanham. Como uma vez nos disse um preto velho muito querido, o Pai Joaquim de Angola: “a Umbanda está aqui para abraçar a todos”. 
 Seja abraçado, seja bem-vindo – e, ao final, não se esqueça de agradecer mentalmente aos guardiões e mentores do espaço sagrado pela caridade que recebeu. Um coração grato, por si só, já é o começo da cura. 
 Família Cabana